8.12.10

Frango Verde

Essa não é uma história de ficção científica. Não nos remeteremos a nenhum godzilla, acidente nuclear, experiências genéticas ou qualquer coisa assim. Entretanto, não se pode deixar de considerar a cena deveras singular!

A jovem alegre, extrovertida, comunicativa sempre levava seus amigos confraternizar em sua casa. Seguindo o padrão da adolescência, isso se dava quando seus pais iam viajar. Por sorte daquele grupo de amigos isso acontecia com certa freqüência. Uns três ou quatro chegavam primeiro. Colocavam o assunto em dia, ou simplesmente ficavam falando bobagens sem parar (isso na verdade era o mais comum, qualquer outra pessoas descontextualizada recomendaria medicações psiquiátricas em alta dosagem para os protagonistas da conversa!)

Tinha também a preparação. Uma comidinha ou outra para fazer, a TV para arrumar, o DVD para encontrar (ou naquela época ainda era fita cassete? Esqueceram de dar-me esse detalhe!).
- Pipoca? - perguntou uma
- Pode ser!
- Tem milho?
- Ahn... deixa eu ver... tem sim!
- Oba!
- Eu faço – interpelou a outra, certa resignação, sempre sobrava para ela mesmo. Ninguém mandou ser uma boa cozinheira, respondiam-lhe. No fundo bem que gostava desse reconhecimento. E todos eram sempre muito solícitos e dispostos em fazer a coisa acontecer (em geral, após um longo tempo debatendo até conseguirem decidir o que fazer).
- Onde ficam as panelas?
- Toda vez tenho que explicar! Vocês tão cansadas de saber!
- Ah! Eu sei! - disse a primeira.
- Tudo isso pra uma pipoca? – disse outro vendo a confusão das três na cozinha.
- A meu! VOLTA PRA SALA! - foi respondido em coro
- Ui! Desculpa. - respondeu com sorriso maroto.
- Opa! Pera! - interpelou a primeira, puxando a panela – Si! Que porcaria é essa?
- Ahn?
- Deixa eu ver – a cozinheira lançou-se para cima da amiga olhando dentro da panela – é um frango!!!
- É! Eu sei! Mas é VERDE!
- Argh! - ressoou, talvez até os vizinhos uns três andares de distância tenham escutado.
- Ah!!! Eu odeio minha mãe!! O que ela fez aqui? Só me faz passar vergonha!!!
- Calma Si... tudo bem...
- Calma Si, mas eu não encosto nisso daí!! - consolou a outra a gargalhadas.
Enquanto os três olhavam estupefatos para a panela, na qual tinha um frango quase inteiro, assado, mas tão coberto de fungos que estava completamente verde, Si foi ligar para a mãe.
- Oi mãe!
- Que droga!
- Que foi? Tem um frango verde no armário!
- É mãe! No armário!
- É MÃE! Tá VERDE!
- AH!! É CLARO QUE TÁ MORTO MÃE!!!
- Alguém além de mim imaginou um frango radioativo correndo pela cozinha? - disse a cozinheira, sendo respondida por largas gargalhadas pelos outros dois amigos, o que fez a anfitriã fugir rapidamente e se trancar no quarto, afinal ela não sabia que tinham todos aqueles amigos ali em casa!
Claro que hoje em dia a história do frango verde, já virou um mito entre aqueles amigos. Talvez seus netos ainda sejam entretidos por essa história, sempre contada às gargalhadas, com diversas repetições ao final: “É CLARO QUE TÁ MORTO MÃE!”

4 comentários:

  1. mas é claro q ta morto mãe! - simplismente fantastico! rolei de rir!

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  2. é claro q ta morto mãe! hua hua hua eu toh chorando de rir huahuahua não canso de ouvir essa história huahua

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  3. È, huauhahu esta história é épica! Ficou muito bem escrita, huahuahua. Ainda me recordo do frango, verde, com uma bolha de fungos branca. E o mais incrível, sem odor.

    huauhauhauhauhauhauh

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  4. Esta nossa cena é um sucesso de bilheteria!!! huahuahuahua
    Só com vcs para se viver coisas assim!!! huahauhauh

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