Por fim, o último post dessa série. As coisas ficaram um pouco mais sérias, por isso parei de escrever. Na verdade, mal conseguia olhar para o teclado do celular para conseguir escrever por tanto tempo. Mas vamos aos fatos, ou à viagem em si.
- Uxmal: é um lugar maravilhaosamente encantador. As ruínas mal são ruínas, construções vívidas em meio à floresta yucateca. A quantidade de turistas é bem menor, porque mesmo de Mérida nãoe stá tão perto. E assim, pode-se subir e entrar nas estruturas que ainda existem, ou em algumas delas. Pirâmides, casas, palácio de governo, cancha de juegoi de pelota. Por falar no juego de pelota, me encanta a ideia do equilíbrio de forças opostas existente na cosmogonia dos antigos povos da mesoamérica. Imagine que as coisas só existem tal como existem por que vida e morte entraram em equilíbrio, assim como fogo e água, terra e ar, norte e sul, leste e oeste, frio e calor, etc etc etc; O jogo de pelota celebra isso, com o detalhe mórbido de sacríficios humanos mediante regras pré-determinadas. Enquanto ouvia turistas, boa parte europeus, de todo o mundo argumentando como aqueles povos eram bárbaros, fiquei pensando na maneira pouco ética em que o capitalismo sacrifica ritualmente a periferia das grandes cidades, ou como o mediterrâneo é um grande cemitério, para manter a cosmogonia do capitalismo. Só que na nossa realidade, as regras não estão explícitas e você não tem nenhuma honra ou reconhecimento ao ser sacrificdo em prol da manutenção do equilíbrio do universo. Uxmal certamente é um passeio que vale muito mais a pena do que Chicén Itzá, na verdade só dá pra entender que o segundo tenha sido elegido como maravilha do mundo moderno ao invés do primeiro por motivos econômicos.
- Não tinha mais condições. Em Uxmal o clima ainda me foi favorável, nublado, mas nos dias seguintes a dor não me permitiu sair durante o dia. Fiquei o dia todo no hostel e voltei para Cidade do México dali dois dias. Voltei ao mesmo hostel, agora em um quarto sem ventilação, no térreo (o que de maneira alguma seria um problema em uma viagem habitual). Passei boa parte do tempo no hostel. Tentei adiantar a volta, mas a burocracia e o custo da mudança de passagem eram impeditivos. Nesse meio tempo fiz saídas breves.
- Museu da Tequila - por si só absolutamente desinteressante e sem conteúdo. Vale pelas desgustações de tequila, maiore sou menores a depender do que você escolhe ao entrar no museu. E pelo fato no museu estar na praça central do Mariachis. Vale a pena ir no final da manhã vê-los se reunindo, se preparando para "atacar" os turistas cidade afora. Certamente deve valer mais ir à noite, tomar umas tequilas e curti-los cantando e tocando pela Praça Garibaldi.
O resto dos dias foram de manutenção da minha condição física. Andei pouco tempo, muito menos do que o habitual para minahs viagens desse tipo. Muitos museus de arte, mercados municipais de artesantos ou de hortfrutigranjeiros e açougue, certamente impressionantes aos gringos, não tanto aos brasileiros, mas ainda assim, muito aprazíveis. Apenas passei rapidamente por eles, ou mesmo só na frente deles.
Muito tempo de hostel depois, finalmente voltei ao Brasil. Um post mais será necessário, para contar sobre o momento em que tive que pedir dinheiro na rua, ou, na linguagem dos moradores de rua, em que tive que manguear.
Não, esse post não tem pequenas passagens sobre as pequenas observações do cotidiano... sim era capaz de fazê-las, mas elas já me escaparam da cabeça. Cheguei de volta a Campinas na madrugada do dia dia 26/02, uma segunda. O diagnóstico do Pontro Socorro oftalmológico foi de uma conjuntivite membranosa, algo que me custou uma semana enfurnado no quarto escuro. Essa sexta, sia 02/03, finalmente recebi alta depois de mais de 15 dias brigando com a conjuntivite. Ainda não enxergo tão bem, mas meus dedos aainda conhecem bem meu teclado.
É um fim xoxo... para o o que foi o fim da viagem... de toda forma, espero voltar em breve para o México, incluindo o sul (quem sabe a Guatemala também), para conhecer mais da cultura Maia ainda vivente e poder rever o que mal vi.
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