15.2.18

México 1

Queria ter um blog de viagens. Não viajo tanto para tal. Ao menos não fisicamente, por outro lado a cabeça está divagando a todo tempo. Assim, mesmo viajando concretamente, no final das contas esse é mesmo o lugar para contar as pequenas histórias e notas de viagem.

- Aeromexico: o preço foi fantástico! A comida a bordo é pobre, por outro lado tomei uma boa tequila no almoço. - A viagem até o hostel faço de metrô. Claro que me perdi! Que pergunta! A etnia indígena, seus traços, são largamente presentes na população. Muito mais do que no sul, sudeste e nordeste do Brasil. O que fez o massacre da ocupação espanhola ser menos genocida que o português?
- Sim, a Cidade do México me parece tão louca quanto São Paulo, mas algo de mais encantador no ar... (Pode ser só meu olhar de turista deslumbrado)
- Gael Condessa Hostel: pequeno, aconchegante, limpo, gente simpática, poucos banheiros, não conte com o café da manhã deles se você gosta de começar o dia comendo bem!
- Condessa: dá a sensação que a cidade é linda, arborizada, com trânsito agitado, bonitos parques e segura. Ah! Claro! É só um bairro bacanudo sustentado pela desigualdade social. A gente tem feições mais européias por ali. "Curioso".
- Museu Nacional de Antropologia: fui caminhando. Cerca de 50 minutos. Olhei o Google Maps antes e fui... Aí, quase chegando lá, me vi dentro do bosque de Chapultepec. Lindo. Delicioso. Com umas tantas obras de arte... É... Onde eu estava mesmo? Ah é... Cheguei... Na intuição mesmo. Ou museu é enorme e tomou meu dia inteiro. É maravilhoso!!! Toda a complexidade das culturas pré-hispânicas que habitavam o território mexicano e o seu desenvolvimento para o atual contexto das comunidades de indígenas. Voltei a pé, ao pôr-do-sol, e... me perdi do outro lado do bosque! Sim, ele é grande....
- no caminho cruzei com um singular morador de rua. Ele tinha um altar de garrafas de Coca invertidas, com pouco líquido, e várias outras coisas arranjadas ao redor. Vestia uma enorme capa preta. Quis conversar com ele, mas quando ele percebeu que eu estava reparando, fechou a cara...
- escrevo a caminho das pirâmides de Teotihuacán. Caminho longo. Uma hora e meia de metrô, mais um ônibus que tardará, parece, mais uma hora...
- Agora voltando... Incrível!!!! Sabe sonho de adolescencia? Sério... Fiquei sem ar quando entrei na Calzada de Los Muertos e vi, de uma vez as pirâmides da Serpente Emplumada, do Sol e da Lua. Andei por 5 horas praticamente sem parar, subindo e descendo escadarias incríveis. São séculos de cultura, trabalho, morte e sangue (quase é possível vê-lo escorrendo das pirâmides durante os rituais. Alguém falou em ouvir os antigos deuses, que defendiam a disputa e o equilíbrio de forças opostas, sussurrando a no vento ao pé do ouvido?)
- Os vendedores ambulantes são inúmeros e fazem seu assédio para tentar vender. Logo no começo, uma velha senhora tentava vender tecidos belamente adornados. Com um largo sorriso balançou um ao vento para exibi-lo a mim. Neguei e agradeci. Ao que fui correspondido por outro lindo sorriso e "Que sea rico su día!". Tão linda que só não comprei porque tinha acabado de chegar.
- A prova da loucura é que chego com os ambulantes abrindo suas vendas e venho embora com eles começando a recolher seus produtos...

2 comentários:

  1. Aaaaaa que demais.... vou viajar em suas palavras!!!

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  2. Loucura de turista... Que delícia! Que sigan ricos sua días! :)

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